
As tecnologias alimentadas por inteligência artificial estão mudando diversos mercados, incluindo o fonográfico, abrangendo serviços de streaming musical como o Apple Music. Uma dessas mudanças é a popularização da divulgação de trechos de músicas “interpretadas” por artistas que não produziram originalmente determinada obra, mas sim uma voz muito semelhante à do artista em questão, gerada artificialmente. Isso tem levantado questões de direitos autorais e apropriação indébita de conteúdo criativo.
De acordo com informações obtidas pelo Financial Times, o Universal Music Group, que controla cerca de um terço do mercado global de música, está pedindo às empresas de streaming, incluindo a Apple e o Spotify, que impeçam que serviços de inteligência artificial sejam alimentados por melodias e letras de músicas protegidas por direitos autorais sem o devido licenciamento.
Essa próxima geração de tecnologia apresenta problemas significativos. Muito da [IA generativa] é treinada em música popular. Você poderia dizer: compor uma música que tenha a letra para ser como Taylor Swift, mas os vocais para ser no estilo de Bruno Mars, mas eu quero que o tema seja mais Harry Styles. A saída que você obtém se deve ao fato de a IA ter sido treinada na propriedade intelectual desses artistas.
Uma das ferramentas em questão é o MusicLM, desenvolvido pelo Google, que gera música a partir de qualquer descrição de texto. Embora o serviço tenha sido treinado a partir de um conjunto de dados de 280 mil horas de músicas, a gigante de Mountain View decidiu não lançar o produto depois que seus pesquisadores descobriram um “risco de potencial apropriação indébita de conteúdo criativo”.
Além das questões de violação de direitos autorais, há a possibilidade de pessoas ou grupos se beneficiarem financeiramente dessas obras completamente geradas por IA, o que levou o UMG a afirmar que “não hesitará em tomar medidas para proteger nossos direitos e os de nossos artistas”.

Saiba mais sobre o Apple Music
Até o momento, a Apple não se manifestou sobre o pedido do UMG e o Spotify se recusou a comentar, mas é importante lembrar que o Apple Music, por exemplo, conta com um catálogo de mais de 100 milhões de músicas e 30 mil playlists, incluindo uma grande seleção de músicas clássicas em um app dedicado com mais de 5 milhões de faixas.
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No Brasil, existem três tipos de assinatura disponíveis para o Apple Music, com preços que variam entre R$11,90/mês (Universitária) a R$34,90/mês (Familiar). Caso você não seja um assinante, pode testar o serviço gratuitamente por um mês. Ele também faz parte do pacote de assinaturas da empresa, o Apple One.
Você acredita que a utilização de inteligência artificial em músicas protegidas por direitos autorais pode levar à apropriação indébita de conteúdo criativo? Deixe o seu comentário! 🍎
Concordo. Só não sei como a Apple conseguirá fazer isso
Tem que haver limites para a tecnologia IA…