No ano anterior à sua partida, o genial Steve Jobs presenteou os entusiastas de tecnologia com o primeiro iPad. A proposta do dispositivo móvel era bem clara na época: ser um meio-termo entre o Mac e o iPhone, promovendo uma boa experiência de navegação aos usuários.
Inicialmente, o iPad tinha uma tela de 9,7 polegadas e uma resolução de 1024×768. A memória RAM era de 256 MB e o armazenamento interno podia comportar até 64 GB. A bateria do dispositivo tinha uma autonomia máxima de dez horas.
Naquele tempo, vale lembrar, as pessoas já liam eBooks e acessavam redes sociais. Nesse sentido, os consumidores precisavam de um dispositivo móvel capaz de proporcionar uma boa experiência em relação a ambos. Em relação às vendas, o iPad seguia o padrão de vários outros produtos da Apple: números não muito expressivos em comparação às opções mais baratas do mercado, como tablets com sistema Android.
Por outro lado, é preciso entender que Jobs não queria mesmo vender para “todo mundo”. Como assim? Bem, uma das características marcantes da marca é o senso de pertencimento dos seus usuários a uma comunidade específica. Ou seja, era algo realmente mais restrito, mas que não prejudicava a receita da companhia.
Em 2014, houve um pico de vendas do iPad, com 26 milhões de dispositivos vendidos em todo o mundo. Steve Jobs, querendo ou não, meio que ficou desapontado com o segmento de tablets, pelo fato de não serem os mais inovadores. Obviamente, ajustes e melhorias foram feitos no iPad, mas nada que fosse muito disruptivo.
Em relação ao sistema operacional, a Apple passou a usar nos seus tablets o iPadOS. Antes disso, o sistema operacional usado era o mesmo do iPhone. O iPad, assim como os demais tablets, é ótimo para crianças, servindo como meio de aprendizado mais interativo e interessante para elas. Os adultos também enxergam no aparelho um meio de leitura e realização de vários outros procedimentos que se tornam mais complicados na tela de um celular.
Curiosidades sobre o primeiro iPad
Os eventos comandados por Steve Jobs costumavam ser aguardados pelo público. No caso do primeiro iPad, ele ocorreu em 3 de abril de 2010, com a presença de mais de 1000 convidados, incluindo jornalistas. A duração da apresentação foi de uma hora e meia. Vale ressaltar que o dispositivo não foi o primeiro da Apple a ter uma tela sensível ao toque, pois o iPhone e o iPod Touch já estavam no mercado.
Steve precisou convencer os críticos da época de que seu novo produto seria um sucesso de vendas. Isso porque o iPad não possuía câmera nem entrada USB, mas essas supostas deficiências técnicas não impediram o sucesso do aparelho.
Ainda em relação ao evento de lançamento do primeiro iPad, Jobs apresentou um vídeo que se tornaria polêmico posteriormente. Isso porque ele foi usado em um processo judicial contra a Samsung, alegando que a empresa teria utilizado o design do iPad para criar seu tablet Galaxy.
Não apenas a Samsung, mas outras concorrentes diretas da Apple eram alvo de críticas por parte de Steve Jobs em suas apresentações. É importante lembrar que, apesar da concorrência, essas gigantes da tecnologia também realizam parcerias e negócios entre si, o que reduz, em certa medida, os atritos entre elas.
A Apple, por exemplo, já negociou semicondutores com a Samsung em um volume significativo. No entanto, no segmento de tablets, as empresas competem a ponto de surgir disputas judiciais relacionadas ao design dos dispositivos.
Na prática, a reclamação da Maçã dizia respeito à violação de patentes e marcas registradas. Esses direitos devem ser exclusivos de uma única empresa, com uma duração especificada. Na época, um especialista em tecnologia afirmou o seguinte:
“Dado o que está em jogo, eu creio que a Apple teria que fazer muito mais do que isso. A empresa teria que processar mais fabricantes de aparelhos Android e envolver mais patentes”.
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