Olá, fã da maçã! O que você achou quando a Apple decidiu vender o iPhone sem carregador? A decisão pegou muita gente de surpresa e dividiu opiniões. Isso aconteceu com produtos como o iPhone 11, iPhone XR, iPhone SE, além do Apple Watch SE e Apple Watch Series.
Partindo desse princípio, se a pessoa quiser o carregador (e com certeza vai querer) e o fone, terá que comprá-los separadamente. A Apple argumenta que tal decisão é proveniente do fato de que as pessoas geralmente já têm esses itens, além de afirmar ter ocorrido uma grande adesão aos carregadores sem fio.
Existe ainda a justificativa sustentável, tendo em vista a menor emissão de carbono no ar. Podemos destacar também a questão logística do iPhone sem carregador, que agora pode ser enviado em maiores quantidades. A questão da porta USB também é importante nesse sentido, pois muitos usuários do aparelho terão que comprar o adaptador separadamente, caso só tenham o USB-A em casa.
A única exceção é para quem possui o iPhone 11 Pro, que utiliza USB-C. Isso coloca um pouco em xeque o argumento da Apple em relação à venda do iPhone sem carregador por causa do meio ambiente. Afinal, isso faria muitos usuários comprarem o carregador separadamente, resultando naquela famosa troca de “seis por meia dúzia”.
iPhone sem carregador virou caso de justiça no Brasil
Em 14 de março de 2023, a desembargadora Daniele Maranhão, que atua no Tribunal Regional Federal da 1ª região, decidiu por manter a obrigação da Apple em não vender iPhone sem carregador no Brasil. Inicialmente, o Ministério da Justiça iniciou uma ação em setembro de 2022, e a Apple recorreu para continuar vendendo apenas o aparelho e o cabo USB.
Além de não poder vender o iPhone sem carregador em território nacional, a Apple foi multada. Contudo, após recurso, a decisão do Ministério Público foi mantida, mas apenas para o iPhone 12, o que foi considerado uma decisão no mínimo “inusitada”. Falando um pouco em “juridiquês”, a lei brasileira costuma proteger bastante o consumidor, sendo que um dos dispositivos mais importantes nesse sentido é o CDC, ou Código de Defesa do Consumidor.
O Estado brasileiro costuma entender que algumas empresas usam práticas que lesam o consumidor. Logo, dispositivos como o CDC, que é considerado uma extensão da Constituição Federal, buscam proteger as pessoas contra essas supostas “espertezas” das companhias.
Na visão do coordenador-geral de Contencioso Judicial da Consultoria Jurídica junto ao Ministério da Justiça, a venda do iPhone sem carregador não faz sentido. Isso ocorre porque ele considera o carregador um item indispensável para o uso do aparelho, utilizando até o termo “umbilical” para se referir a ele.
Para entender melhor: a venda do iPhone sem carregador foi liberada apenas para o iPhone 12, mas isso aconteceu em novembro de 2022. Na decisão de março deste ano, essa restrição passou a se aplicar a todos os aparelhos vendidos pela Apple. Como resultado desse parecer, a Maçã entrou com um recurso adicional para tentar voltar a vender iPhones sem carregador no Brasil. Portanto, estamos no aguardo de atualizações!
As iniciativas sustentáveis da Apple
Você provavelmente já ouviu falar sobre o ambicioso objetivo da Maçã de neutralizar suas emissões de carbono até 2030, não é mesmo? A empresa está determinada a se destacar nesse aspecto, sendo um feito que nenhuma outra empresa global conseguiu implementar até agora! A Apple tem planos de utilizar energia renovável em toda a cadeia produtiva para fabricar iPhones e Macs, demonstrando seu compromisso com a sustentabilidade.
Por mais que a gigante de Cupertino esteja no caminho certo, muito ainda precisa ser feito. Uma prova disso é o Relatório de Responsabilidade Ambiental da própria Apple, lançado em 2019, no qual as primeiras melhorias implementadas tiveram um impacto modesto na redução das emissões de carbono — mais especificamente, 2%.
Boa parte da energia usada pela Apple é usada na extração do silício, um material essencial para a produção de circuitos presentes nos dispositivos da marca. É importante lembrar que o silício é um material semicondutor e sua obtenção envolve aquecer o metal quartzo a aproximadamente 2000 °C, o que demanda bastante consumo energético, concorda?
Quando se trata da sustentabilidade da Apple, não podemos deixar de mencionar sua parceria com a China. Embora a China forneça grande parte do silício utilizado pela Apple, a matriz energética do país ainda é bastante dependente do carvão mineral, uma fonte altamente poluente. Apesar disso, há um movimento em curso para mudar essa realidade, embora os resultados ainda sejam discretos.
Por fim, também vale a pena falar da logística reversa da Apple. A empresa, ao longo do tempo, desenvolveu um programa robusto de descarte de seus materiais, usando robôs nesse processo, a fim de reduzir a contaminação ambiental, especialmente no que se refere às baterias.
Não saia do nosso blog sem antes deixar seu comentário sobre o que você acha do iPhone sem carregador e sobre as iniciativas sustentáveis da Apple! 🍎