
A WWDC 2023 trouxe consigo o tão esperado MacBook Air M2 de 15 polegadas. No entanto, surpreendentemente, o novo modelo parece enfrentar um desafio conhecido: o superaquecimento durante tarefas mais exigentes, como revelado pelos primeiros reviews. Essa situação é um tanto inesperada, levando em consideração o aumento no tamanho do aparelho, e é resultado da escolha deliberada da Apple de utilizar um sistema de refrigeração simples, visando manter a máquina silenciosa.
Quando o MacBook Air M1 foi lançado em 2020, ele se destacou como um dos primeiros dispositivos da Apple a fazer a transição para o Apple Silicon, oferecendo um salto significativo em termos de desempenho e eficiência em comparação com seu antecessor, equipado com um chip básico da Intel. No entanto, em contrapartida, o dispositivo começou a enfrentar problemas de superaquecimento, pois a empresa de Cupertino optou por aproveitar essa maior eficiência para implementar um sistema de resfriamento bastante simples, que incluía apenas um dissipador de calor básico.
Esperava-se que a próxima geração do MacBook Air corrigisse ou pelo menos melhorasse esse problema, mas infelizmente isso não aconteceu. O MacBook Air com o chip M2, lançado em junho de 2022, trouxe um desempenho aprimorado com o novo processador, mas ainda sofria com o superaquecimento devido à falta de um sistema de resfriamento mais robusto. Com o lançamento da variante de 15 polegadas na última segunda-feira (5), mais expectativas surgiram em relação a esse problema.

Superaquecimento do novo MacBook é percebido em diversas análises
Embora não se esperasse uma correção completa, acredita-se que o maior corpo do dispositivo poderia lidar melhor com as temperaturas. No entanto, mais uma vez, essa suposição provou-se parcialmente incorreta. De acordo com a análise realizada pelo The Verge, ao realizar qualquer tarefa mais exigente no MacBook Air de 15 polegadas, ele aquece a ponto de causar certo desconforto. O analista afirma: “estava mais quente do que o desejado na área acima dos botões de função durante praticamente todos os testes que realizei. O teclado, embora utilizável, ainda estava quente”.
Além disso, mesmo que os impactos no desempenho sejam modestos, como evidenciado pela avaliação do YouTuber Marques Brownlee, do canal MKBHD, benchmarks realizados por períodos mais longos, como o Cinebench R23, mostram uma redução mínima de 3% no desempenho. A boa notícia é que essa queda é menor do que a observada no MacBook Air de 14 polegadas. Porém, o criador de conteúdo enfatiza o aquecimento perceptível do dispositivo e sugere que usuários que realizam trabalhos intensos se beneficiariam mais ao optar pelo MacBook Pro.
É importante destacar que os usuários que utilizam o MacBook Air apenas para navegar na internet e trabalhar não devem enfrentar problemas, e, como mencionado, a perda de velocidade deve ser imperceptível na maioria dos casos. No entanto, é um tanto frustrante ver um chip tão poderoso e, especialmente, um dispositivo tão caro, que tem espaço suficiente para acomodar uma solução de resfriamento eficiente, ser limitado por escolhas da fabricante.
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Vale destacar que o MacBook Air M2 de 15 polegadas já está disponível no exterior, com preços a partir de US$ 1.199 (~R$ 5.820) para o modelo básico com 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento SSD. No entanto, ainda não há previsão de disponibilidade no Brasil, onde o preço inicial será de salgados R$ 15 mil.
Você acredita que o superaquecimento é um problema relevante em laptops de alto desempenho como o MacBook Air? Deixe o seu comentário! 🍎