“O Dilema da Inovação: Quando Novas Tecnologias Levam Empresas ao Fracasso” é um livro que teve um impacto significativo no fundador da Apple, Steve Jobs. A autoria dessa obra é atribuída a Clayton M. Christensen, com seu lançamento inaugural datado de 1997. Um dos principais conceitos explorados no livro gira em torno da competitividade entre empresas de tecnologia, especialmente na manutenção da relevância de seus produtos ao longo do tempo.
No caso específico da Maçã, sempre que um produto começava a ficar ultrapassado no mercado, outro emergia para preencher a lacuna. Isso é exemplificado notavelmente pela transição do iPod para o iPhone. O iPhone não só incorporou as funções do iPod, mas também introduziu uma série de outras capacidades que efetivamente deixaram o tocador de música obsoleto.
Um dos conceitos centrais abordados em “O Dilema da Inovação” se alinha perfeitamente com esse exemplo. Apesar de o conceito de inovação ser amplo e por vezes abstrato, ele pode ser compreendido como uma evolução de algo, de modo natural ou induzido. Na prática, isso pode acontecer tanto de forma gradativa quanto rapidamente.
Inovação incremental versus inovação disruptiva: como o livro “O Dilema da Inovação” lida com essa dicotomia?
Pois bem, o primeiro consiste em aprimoramentos graduais em uma determinada tecnologia. O objetivo é fornecer um valor cada vez maior, aumentando as vendas e a receita da empresa. Em certos casos, essas melhorias podem ser até mesmo radicais. Por outro lado, a inovação disruptiva implica em mudanças mais profundas, como se fossem uma quebra na continuidade de um produto já estabelecido no mercado.
Entender essa diferença entre ambos os termos é crucial para uma leitura proveitosa de “O Dilema da Inovação”. Especialmente no contexto das inovações disruptivas, muitas empresas estabelecidas enfrentam dificuldades, e algumas até mesmo sucumbem. Segundo o autor, essas empresas até conseguem manter uma base de consumidores que continuam a ver valor em seus produtos graças a melhorias incrementais.
No entanto, quando se decide dar um passo mais audacioso, é aí que “a coisa pega”. Em outras palavras, a reação do público a uma tecnologia excessivamente disruptiva pode ser incerta. Nesse sentido, não basta que o produto seja bom; ele deve parecer bom e despertar, na medida do possível, o desejo de compra.
Ainda não está claro? Então, imagine o seguinte cenário: quando uma inovação disruptiva entra no mercado, muitas vezes ela não é bem aceita pelo público, mesmo com preços acessíveis. Isso resulta em um interesse discreto por parte das empresas já estabelecidas, o que abre espaço para novos concorrentes entrarem na competição.
Em resumo, a essência é sempre satisfazer as necessidades do público, mesmo que o produto disruptivo não seja inicialmente atraente. Com o tempo, no entanto, a situação se inverte, e essas tecnologias outrora ignoradas passam a ser valorizadas. Por que isso acontece? Pela simples razão de que algumas tecnologias evoluem mais rápido do que as demandas dos consumidores.
E lembre-se: esses produtos são não apenas acessíveis em termos de preço, mas também fáceis de usar. Consequentemente, essas inovações disruptivas frequentemente substituem itens que os consumidores anteriormente apreciavam. Esse movimento pode colocar em cheque a sobrevivência de empresas consolidadas no mercado, ou forçá-las a competir com empresas menores.
Uma conclusão importante extraída de “O Dilema da Inovação” é que empresas de grande porte, como a Apple, precisam adotar uma perspectiva de médio e longo prazo. Não é por acaso que Steve Jobs aprendeu lições cruciais a partir da leitura desse livro, permitindo que a empresa se mantivesse robusta no mercado e, além disso, prosperasse por meio da aquisição de outros negócios menores, sobretudo startups de tecnologia.
Segundo “O Dilema da Inovação”, quais estruturas levam uma empresa ao fracasso?
Para o autor de “O Dilema da Inovação”, a primeira das três situações é a falta de uma estratégia clara. Isso ocorre quando a empresa não compreende completamente como lidar com as particularidades das inovações incrementais e disruptivas.
A segunda circunstância é reconhecer que o avanço tecnológico tende a ocorrer mais rapidamente do que as demandas do mercado. Atualmente, grandes empresas frequentemente comercializam seus produtos a preços muitas vezes elevados. Além disso, oferecem produtos que excedem as reais necessidades dos consumidores, tornando-se suscetíveis a serem substituídos pelas inovações disruptivas.
Por fim, a terceira estrutura apresentada em “O Dilema da Inovação” é a alocação inadequada de investimentos. Como assim? Bem, para empresas de grande porte, é comum direcionar recursos para tecnologias incrementais, pois elas tendem a gerar retorno financeiro mais rapidamente. Nesse contexto, o investimento em tecnologias disruptivas (aquelas capazes de moldar o futuro da empresa a longo prazo) é negligenciado ou completamente ignorado.
Com base nas três situações acima, o autor de “O Dilema da Inovação” propõe três abordagens: a adoção de tecnologias disruptivas, a criação de pequenas organizações ou empresas independentes e a aquisição de empresas menores que já estejam trabalhando com tecnologias disruptivas. A Apple, por exemplo, adotou amplamente essa última estratégia, adquirindo startups que já estavam desenvolvendo tecnologias com potencial futuro.
E então, o que você achou das análises apresentadas em “O Dilema da Inovação”? Deixe seu comentário e continue acompanhando as atualizações sobre a Apple no MeuDevice! 🍎